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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A História de Vanmícia

É claro que ela sabia que era perigoso andar a noite por aquele pedaço. Mas quem é que sabe melhor os costumes do que quem mora no lugar? Ela era confiante em dizer que era seguro andar por ali se fosse rápido. Se coisas estranhas vinham acontecendo por ali não era por ser noite que o clima mudaria, afinal, ela crescera ali  e nunca vira nada diferente.
Ela estava tão habituada àquela rua escura e fria estar sempre tão vazia, que ela quase caiu quando viu o homem ali, parado olhando para ela, como se a esperasse. Imediatamente ela começou a pensar em como se defender e quase quis chorar de raiva quando se deu conta de que estava completamente indefesa. Ela poderia jurar que tinha visto o homem sorrir antes de parar exatamente na frente dela, impedindo a passagem, mas o rosto dele parecia extremamente sério.
" Ei, você! Eu estava te esperando. Queria mesmo falar com você..."
Vanmícia parou  e esperou que ele só quisesse roubá-la. Ela não percebeu que tinha dito isso até que o homem sorriu. Ela se surpreendeu que seu sorriso parecesse só gentil e não faminto, como ela esperava que fosse. Ele avançou pra ela e segurou sua mão com urgência.
" Preciso que você venha comigo, mocinha. Espero que você seja realmente quem acho que é, outro engano nessa altura do campeonato..."
Ele usava uma roupa simples mas não parecia pobre, o que era aquilo então? Um sequestro? O que estava acontecendo?
Ela percebeu que estava dentro de uma carruagem e que tinha muito espaço nela. "Pode vestir-se de acordo. Estarei  com o cocheiro, ali na frente." E simplesmente saiu e falou com o homem do lado de fora.
Ela lembrou-se que haveria uma grande festa naquela noite, na maior casa da cidade. Ela entendeu que aquele deveria ser um convite. Mas quem era aquele homem?

sábado, 17 de dezembro de 2011

Princa

Era pura dor. Ela tinha lido sobre pessoas absurdas que acreditavam que enganavam as outras dizendo que tinham sido abduzidas. Era tudo tão ridículo... não tinha nada pior que o ser humana e sua maldade horrível. Ela não se atreveu a respirar. Esperou que ele acabasse e depois que ele foi embira ela se mexeu pra tentar ajudar em algo. O tempo que passara esperando que ele fizesse tudo foi tempo demais. O outro homem estava quase morto. Ela o olhou com compaixão. " Você ainda é real ou eu já estou morto?" Ela sentiu as lágrimas rolarem."Está vivo, por favor, não se preocupe." Ele respirou fundo. "Ele bateu no senhor por quê?" "Eu não tinha dinheiro". Que nojo, que raiva daquele homem! "Quero que dê isso a uma menina chamada Nula. Nula Respanti. É importante" disse o velho semi morto entregando-lhe um anel dourado e preto."Pode fazê-lo?" "Claro." Ela teve pena do velho e não notou o que estava prometendo, mas sabia que não mediria esforços para atender o pedido. Ela segurou o anel e percebeu que era estranhamente pesado. "O-onde posso encontrá-la??" Ela perguntou.... mas o homem já estava morto. Ela odiou estar ali naquela bendita padaria e ter saído por aquela rua. odiou ter visto aquele assalto idiota e aquele senhor, com idade para ser avô dela, pedindo socorro. Mas ela não teria chance contra o assaltante, era gigantesco... e ela tinha apenas um bom senso de perigo. Ela devia, mas não poderia ter ajudado em nada... Mas a dor do velho permaneceu em sua mente e ela soube que deveria encontrar a tal mulher. Ela respirou fundo, enxugou os olhos e segui pelo caminho de casa, ainda com a cabeça do assaltante na cabeça e o resto do dinheiro do pão no fundo do bolso.